quarta-feira, 16 de junho de 2010

Tecnologias utilizadas pelo Programa

Para a perfuração do solo para construção de dutos e sistemas de escoamento de água pela cidade, o Programa Bahia Azul usou os chamados Métodos Não Destrutivos. Podendo ser feito a partir de diversas técnicas, os Métodos utilizam máquinas especiais que perfuram o subsolo horizontalmente, entre dois poços de acesso, por onde serão passadas as tubulações. Desta forma, não é necessário rasgar toda a extensão do piso por sob o qual passará a instalação.
Esse método é extremamente útil quando da travessia de vias de grande tráfego, uma vez que o trânsito de veículos não será prejudicado pelas obras. A execução por este processo também evita a reposição do pavimento por abertura de valas, reposição esta que nem sempre é igual a situação original do pavimento.

O Bahia Azul utilizou tecnologias avançadas como a aplicação de jet-grouting, métodos não destrutivos de execução de interceptores como o pipe jacking (tubo cravado), o mini shield (com alinhamento a laser) e o n.a.t.m. em rocha (escavação a fogo em rocha com revestimento em armco) que possibilitam um controle eficaz de todo o processo construtivo.
Esse avanço tecnológico da obra civil para locação dos dutos subterrâneos, é um assunto bastante debatido quando da avaliação de prefeituras sobre a expansão de rede em áreas urbanas já consolidadas. Junto à utilização do método não destrutivo, o desenvolvimento do geoprocessamento, do material dos dutos e a legislação das prefeituras na fiscalização das obras formam o conjunto de procedimentos que tendem a otimizar a instalação da rede canalizada de gás natural para servir os usos urbanos.
Redes

O esquema da Rede Condominal

Salvador é uma cidade com a característica de ser uma grande favela. 50% da ocupação habitacional se dá em áreas densamente povoadas, sem vias de acesso adequadas, dificultando a implantação de redes de esgoto.

O "esgoto condominial", sistema destinado a um grupo de usuários que compartilham serviços coletivos, foi desenvolvido em Pernambuco no início dos anos 80 e possibilitou a construção de serviços de saneamento em bairros populares, impossíveis de serem atendidos pelo sistema tradicional. A adoção de um sistema de esgotos condominiais requer um conjunto de ações que possibilitem a mobilização, a educação, a organização e participação da população, demandando, também, o envolvimento do setor público, dos concessionários e da comunidade em novas formas de gestão e manutenção dos equipamentos.

O traçado resulta normalmente em reduções na extensão da rede, na quantidade de tubulação, nos volumes de escavação e re-aterro e no tempo da mão-de-obra necessários para a construção. Desta forma, pode-se conseguir economias de até 75% por metro linear nos ramais condominiais, em relação ao sistema convencional.

Outro aspecto importante do sistema é a atitude que se estabelece entre os usuários em relação ao serviço. Como a rede passa pelo interior dos lotes, o usuário deixa de estar "alheio" à presença do serviço público e "dependente" em relação às condições de funcionamento, estabelecendo-se a cooperação entre os moradores do condomínio na manutenção do ramal, reduzindo-se o custo relativo à manutenção nas tarifas.

O Bahia Azul buscou a solução do sistema condominial de esgotamento. A tubulação fica mais próxima da superfície, facilitando a manutenção. Moradores que arcarem com ela, ganham 50% na tarifa de esgoto. Foram instalados 5.140 condomínios, com media de 30 casas cada. A meta é chegar em 7.500

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